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Amizade dos Povos: O que a URSS pode ensinar sobre o racismo aos EUA

Enquanto nos EUA vigoravam as leis segregacionistas de Jim Crow, leis estaduais e locais que impunham a segregação racial no sul dos Estados Unidos e que foram aplicadas até 1965, na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas o racismo já era crime desde sua primeira constituição (1918).


O cantor afroamericano Paul Robeson, que visitou a URSS em 1934 e que mais tarde sofreu com sua visão pró-soviética nos EUA, costumava dizer: “A existência em si da União Soviética, seu exemplo perante o mundo por abolir todas as formas de discriminação com base na cor ou na nacionalidade (...) nos deu, aos negros, a oportunidade de alcançar nossa libertação completa dentro de nossa própria época”.


A versão mais conhecida em inglês do hino soviético foi interpretada por Paul Robeson.





África vermelha

Com o início da Guerra Fria, na década de 1940, o mundo se tornou um campo de batalha entre a URSS e os Estados Unidos: as superpotências se enfrentaram ideologicamente e em guerras híbridas, que visavam aumentar o número de países propensos ao capitalismo ou ao socialismo.

Não é de se estranhar que o imperialismo e colonialismo tenha provocado diversos confrontos nos países africanos, onde houve numerosos e violentos golpes. Um dos primeiros políticos pró-soviéticos a morrer, após um golpe militar, foi Patrice Lumumba, primeiro-ministro do Congo, em 1960.


 

Quando a nave de Gagarin sobrevoava o Gongo, lembrou Gagarin certa vez, "ali os imperialistas mataram o valente combatente contra o imperialismo e pela felicidade de seu povo, Patrice Lumumba".


 

Moscou lamentou tanto sua morte que a Universidade da Amizade dos Povos, fundada naquele mesmo ano, recebeu seu nome. Etiópia, Angola e Moçambique foram os países africanos mais apoiados pelos soviéticos.

Negros na sociedade soviética

Quanto à universidade, supunha-se que deveria “preparar não apenas cientistas, técnicos e especialistas em cultura altamente qualificados, mas também verdadeiros amigos da URSS, que promoveriam ideias socialistas entre seus compatriotas”, escreveu Viatcheslav Ieliutin, ministro da Educação da URSS. Não é à toa que os africanos eram muito bem-vindos na instituição. Entre 1949 e 1991, havia cerca de 60.000 universitários do continente vizinho, que não estudavam apenas na Universidade da Amizade dos Povos.

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