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Euro vergonha: O Parlamento da UE diz que a URSS deflagrou a II Guerra

O Parlamento Europeu aprovou uma resolução em 18 de setembro na qual acusa a União Soviética, juntamente com a Alemanha nazista, de serem as culpadas pela deflagração da Segunda Guerra Mundial e iguala o comunismo ao fascismo, trata-se de uma manipulação grotesca e típica de uma elite política decadente e desesperada com o objetivo de manipular a história e criminalizar a Rússia.



O documento leva em conta diversas resoluções e declarações anteriores de entidades europeias que condenam os “crimes dos regimes comunistas totalitários”, homenageiam as “vítimas do comunismo”.


Além disso, a resolução leva em consideração “fatos” históricos que fizeram com que o comunismo fosse proibido por lei em Estados-Membros da União Europeia. Esses “fatos” seriam, além das supostas atrocidades do comunismo e dos Estados Operários no leste europeu, sempre superdimensionadas ou mesmo completamente inventados pela propaganda anti-Rússia, a assinatura do tratado de não-agressão germano-soviético, conhecido como Ribbentrop-Molotov. A resolução do Parlamento Europeu, portanto, afirma que a Segunda Guerra

“foi resultado imediato” desse pacto e de seus protocolos secretos, “através dos quais dois regimes totalitários que partilhavam o objetivo da conquista do mundo dividiam a Europa em duas zonas de influência”.

Como bem disse Serguey Lavrov, ministro dos assuntos estrangeiros da Rússia, em sua fala na Assembleia Geral da ONU


“reescrever os resultados da Segunda Guerra Mundial, justificando as manifestações de neo-nazismo que se multiplicam, vandalismo em relação aos monumentos aos libertadores da Europa e às vítimas do Holocausto”

– S. Lavrov, NY. Assembleia Geral da ONU, 27.09.2019


Os manipuladores da história em sua propaganda vil omitem do público que, como já explicamos em artigos anteriores, o pacto germano soviético foi uma consequência necessária para adiar a guerra tornada inevitável pela omissão das potências europeias que anteriormente haviam assinado um pacto com Hitler, o famigerado Pacto de Munique.





“O Pacto de Munique, que se tornou o prelúdio da II Guerra Mundial, coroou a vergonhosa, de fato criminosa, política de “apaziguamento” com o Terceiro Reich. Os países que participaram desta conspiração – Reino Unido, França, Itália – alimentaram esperanças ilusórias de afastar de si a ameaça de agressão nazista e tentaram levá-la para o Leste".


“Autores de interpretações históricas tendenciosas opõem o Acordo de Munique ao pacto de não-agressão soviético-alemão [Molotov-Ribbentrop] em 23 de agosto de 1939. No primeiro caso, dizem que as democracias ocidentais tentaram preservar a paz e, no segundo caso, que regimes totalitários desencadearam a guerra. No plano político, esse esquema é francamente oportunista e, no científico, não resiste a uma crítica séria”

- Sergey Lavrov, Ministro dos Assuntos Estrangeiros da Rússia.



A resolução da União Europeia


“condena todas as manifestações e propagação de ideologias totalitárias, tais como o nazismo e o comunismo, na União”

e “expressa preocupação com a continuação da utilização de símbolos de regimes totalitários em espaços públicos e para fins comerciais e recorda que vários países europeus proibiram a utilização de símbolos nazis e comunistas”.


Trata-se de uma distorção da história que revela o desespero das potências ocidentais com a crise política e econômica no continente, que tem levado à derrocada a “democracia” liberal e à polarização política, com a ascensão de partidos de extrema-direita em diversos países e governos.


"É lamentável que essas verdades óbvias sejam deliberadamente abafadas, ignoradas por algumas forças influentes do Ocidente. Além disso, aqueles que querem “apropriar-se” da vitória, apagar o papel da URSS na derrota do fascismo, esquecer o feito de libertação com sacrifício do Exército Vermelho, para não lembrar os muitos milhões de civis soviéticos que morreram durante os anos da guerra, para apagar da história as consequências de uma política perniciosa de apaziguar o agressor. Deste ponto de vista, a essência do conceito de "igualdade do totalitarismo" [a tentativa de se colocar lado a lado o comunismo e o fascismo] é claramente visível. Seu objetivo não é apenas menosprezar a contribuição da URSS para a Vitória, mas também privar retrospectivamente nosso país de sua história específica como arquiteto e garantidor da ordem mundial do pós-guerra, e depois colocar nele o rótulo de um "poder revisionista" que ameaça o bem-estar do chamado "mundo livre".


"Essa interpretação de eventos passados ​​também significa que, no entendimento de alguns parceiros, a principal conquista do sistema de relações internacionais do pós-guerra deve ser o estabelecimento da OTAN e a perpetuação da presença militar dos EUA na Europa. Obviamente, esse não é o cenário pelo qual os Aliados estavam orientados no estabelecimento das Nações Unidas".

- Sergey Lavrov, Ministro dos Assuntos Estrangeiros da Rússia.



Como fica claro, a manipulação das potências ocidentais também visa atacar o atual governo russo. A resolução


“Considera que a Rússia continua a ser a maior vítima do totalitarismo comunista e que a sua evolução para um Estado democrático será entravada enquanto o governo, a elite política e a propaganda política continuarem a «branquear» os crimes comunistas e a glorificar o regime totalitário soviético; exorta, por isso, a sociedade russa a confrontar‑se com o seu trágico passado”


Trata-se de uma clara intromissão nos assuntos internos Rússia.

Segundo esse relatório, existem


“esforços envidados pela atual liderança russa para distorcer os factos históricos e para «branquear» os crimes cometidos pelo regime totalitário soviético, e considera que estes esforços constituem um elemento perigoso da guerra de informação brandida contra a Europa democrática com o objetivo de dividir a Europa, instando, por conseguinte, a Comissão a contrariar estes esforços de forma decisiva”.


A União Europeia descaradamente distorce a história e acusa a Rússia de fazer isso, ela atribui à Rússia sua própria vergonha histórica.


 

Este artigo utilizou trechos da publicação "Perseguição ao comunismo é política oficial da União Européia" publicado por Causa Operária disponível em: https://www.causaoperaria.org.br/perseguicao-ao-comunismo-politica-oficial-da-uniao-europeia/


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